O Inter de Milão carimbou, esta noite, o passaporte de acesso aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, depois de bater o Chelsea por 1-0. Também pela margem mínima, o CSKA Moscovo derrotou o Sevilha (2-1), acompanhando o campeão italiano na próxima eliminatória da prova.
Numa casa que já foi sua durante três épocas e meia, José Mourinho voltou a ser feliz, conduzindo o Inter de Milão a uma vitória que teve tanto de justa como de importante. Vindo de uma derrota inesperada no terreno do Catania (3-1), o campeão italiano apresentou-se em Inglaterra apostado em defender a vantagem magra que trouxe do Giuseppe Meazza (2-1). Para isso, o técnico português apresentou um 'onze' que, à primeira vista muito ofensivo, soube equilibrar-se no terreno, anulando os pontos fortes do Chelsea. Sempre com Pandev e Eto'o atentos aos laterais do 'blues', a equipa forasteira privou o ataque do inglês do municionamento das faixas, apesar da boa prestação de Malouda no flanco esquerdo. Sem conseguir chegar-se próximo da baliza de Júlio Cesar, os atacantes londrinos apenas assustavam de longa distância, sem grande sucesso.
Com o desenrolar do encontro, o nervosismo ia crescendo na equipa do Chelsea, que via o Inter crescer em termos atacantes, sobretudo através do contra-ataque. A teia montada por Mourinho permitiu aos italianos controlarem no primeiro tempo, servindo de embalo para uma segunda parte de luxo dos 'nerazzurri'. Para lá da organização defensiva, a equipa italiana foi muito mais perigosa ofensivamente do que os 'blues' nos segundos 45'. Ao aviso de Pandev, Eto'o respondeu com eficácia, resolvendo a eliminatória aos 79', após um passe milimétrico de Sneijder. Os londrinos ainda procuraram reentrar na eliminatória mas mostraram-se impotentes para ultrapassar a barreira defensiva italiana. Já perto do fim, Didier Drogba foi expulso por suposta agressão a Motta, num lance confuso no interior da área italiana, onde o costa-marfinense parece ter sido derrubado pelo médio do Inter.

CSKA Moscovo surpreende em Sevilha
Já em Sevilha, a frieza russa superou o virtuosismo espanhol, com o CSKA Moscovo a aproveitar um erro do experiente Palop para ultrapassar a equipa andaluz. Antes, Tomas Necid abriu as contas do marcador aos 38', após um belo lance individual. A resposta espanhola não se fez esperar e, apenas 3' após o tento russo, Perotti restabeleceu a igualdade no resultado e na eliminatória.
Os sevilhanos carregaram no ataque, mas quer Luís Fabiano, quer Kanouté não estavam de pontaria acertada. Para piorar o cenário da formação espanhola, Palop borrou a pintura num livre de Honda, não impedindo o tento do triunfo moscovita, que selou a qualificação histórica da formação russa para os 'quartos' da Liga dos Campeões.

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