É do domínio público que um duelo entre os dois maiores clubes argentinos da história nem sempre corre pelo melhor, no que toca ao capítulo disciplinar. O que ainda não se sabia era que as próprias crianças de 14 anos levam a rivalidade a um ponto tão extremo como aquele vivido no último sábado, em Ezeiza, Buenos Aires.

O jogo caminhava para o fim, com o Boca a vencer os 'milionários' por 2-1. Contudo, já em cima do minuto 90', o árbitro do encontro assinalou uma grande penalidade favorável ao conjunto forasteiro. A decisão originou uma verdadeira onde de protestos do banco do Boca, Roberto Pompei, que inclusivamente invadiu o relvado para demonstrar a sua insatisfação em relação à decisão do juiz.

A atitude do técnico teve seguimento nos jovens da equipa da casa, que começaram a agredir os seus adversários com murros e alguns pontapés. Os atletas do River não se ficaram, e assim se deu uma verdadeira batalha campal, que deu origem a sete expulsões, às quais se devem acrescentar quatro lesões derivadas das agressões.

No final do encontro, o técnico do River Plate, Ricardo de Angeli, em declarações ao diário 'Olé', mostrou-se indignado com a atitude dos jogadores do Boca, não deixando de criticar também a reacção dos seus pupilos: "Houve um soco de um jogador do Boca, mas nada justifica a reacção dos nossos atletas".

Já o presidente do Boca Juniors, Jorge Ameal, promete tomar medidas em relação ao que se passou no final do encontro: "Não é bom para crianças com esta idade que passem por este tipo de coisa. Vamos avaliar o que aconteceu".

Como primeira medida das instituições argentinas, o técnico do Boca, Roberto Pompei, foi suspenso.