Zlatan, o Euro não seria o mesmo sem ti
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"É impensável ver o Euro sem mim". São poucos aqueles que o podem dizer em voz alta e serem levados a sério, mas Zlatan Ibrahimovic é tudo menos um qualquer. O gigante sueco, nascido há 34 anos em Malmo, é uma figura incontornável do futebol mundial. Já conta com mais de 60 golos pela seleção nórdica, os últimos três à vizinha e eterna rival Dinamarca, sobre a qual disse, no seu habitual tom corrosivo, ter atirado "para a reforma".
Mas será o próximo Europeu diferente pelo simples facto de Zlatan o disputar? Esta não é a primeira vez que Ibracadabra mede o sucesso de um evento pela sua mera presença. Em 2013, logo após Portugal ter afastado a Suécia da fase final do Mundial do Brasil, referiu que, sem si, a competição perdia todo o interesse.
Os amantes do futebol não concordaram mas é indubitável que o avançado do PSG dá um colorido diferente em tudo o que entra. Em 2001, trocou o Malmo pelo Ajax, mas o destino poderia ter sido o Arsenal. Só não foi porque Arsène Wenger pretendia que o sueco passasse por um período experimental. Zlatan não alinhou na ideia e deixou claro: "Não faço audições".
Anos mais tarde, o norueguês John Carew ousou dizer que Ibra tinha "habilidades inúteis", e recebeu o devido troco: "O que Carew faz com uma bola de futebol, eu faço com uma laranja". Para Zlatan, quem o contrata "está a adquirir um Ferrari", e numa discussão com um jornalista francês, devido a uma fotografia em que surge junto de Gerard Piqué [Barcelona], atirou: "Venha até a minha casa e você vai ver se eu sou gay. E traga a sua irmã também".
Diz poder jogar em qualquer posição no terreno, inclusivamente na baliza, pois acredita que "um craque joga em qualquer lugar", foi dos poucos a ter coragem para criticar Pep Guardiola no auge do "tiki-taka" do Barcelona, e foi notícia em todo mundo ao tatuar 50 nomes numa campanha contra a fome.
O seu estilo inconfundível levou a que um grupo de fãs criasse o grupo "Zlatan Facts". Leva 27 títulos no currículo e mais de 350 golos apontados, divididos pelos sete clubes que representou ao longo da carreira.
Pela seleção sueca, e apesar de nunca ter chegado sequer a uma meia-final de uma grande competição, marcou alguns dos seus golos mais incríveis. No Euro 2004, em Portugal, bateu Buffon com um golpe de calcanhar fantástico. Em 2012, foi seu o melhor golo do Campeonato da Europa, e em novembro desse ano completou um póquer frente à Inglaterra, um feito ainda mais valorizado pelo tiro de pontapé de bicicleta, à entrada da área inglesa, que fez um chapéu perfeito a Joe Hart.
A carreira de Zlatan Ibrahimovic caminha para o fim, mas o astro continua para as curvas e promete chegar a França num dos melhores momentos da carreira. Depois de tudo isto, ainda acredita que o próximo Europeu seria o mesmo sem Ibracadabra? Se ainda não está convencido, veja o vídeo:
Fotografia: Dailymail
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