Final lusa à vista

19:13

FC Porto e Benfica ganharam vantagem nas meias-finais da Liga Europa. E se no caso dos encarnados a eliminatória frente ao Braga está totalmente aberta, já os dragões brindaram o Villareal com um claro 5-1, que faz da presença na final muito mais do que um mero sonho. Falcao voltou a ser decisivo na vitória dos azuis e brancos, tendo completado um póquer.
É à boleia do 'Submarino Amarelo' que o FC Porto se encaminha para a final de Dublin. O conjunto portista goleou o Villareal por 5-1 e tem tudo para marcar presença no jogo decisivo da Liga Europa. Ainda assim, a primeira mão da meia-final teve duas faces bem distintas. Os dragões entraram algo desorganizados na partida, cometendo vários erros quer no processo defensivo, quer na fase de construção. Com uma pressão pouco efectiva e sem grandes resultados práticos, os azuis e brancos não conseguiam parar a estratégia espanhola, que foi muito bem interpretada ao longo da etapa inicial. Nilmar, Cani e Rossi deixaram a defesa portista em estado de sítio, aproveitando as brechas dadas pelos dragões. Nilmar foi o primeiro a dar o aviso, mas Hélton, muito atento, parou o remate do brasileiro. Escolhendo preferencialmente o flanco direito para atacar, muito por culpa das constantes subidas no terreno de Álvaro Pereira que eram deficientemente compensadas, o Villareal ia lançando o caos no último reduto portista, que ia resolvendo como podia. Apesar da superioridade espanhola no primeiro tempo, o FC Porto também assustou Diego Lopez, com Hulk a rematar ao poste. Só que o 'Submarino Amarelo' tinha a missão bem estudada e acabou mesmo por chegar à vantagem. Aproveitando mais um erro do flanco esquerdo azul e branco, Nilmar, sem grande oposição, serviu Cani, que só teve que empurrar para o fundo da baliza.
Foi um balde de água fria no Dragão, que chegou já bem perto do intervalo. O cenário não se afigurava positivo para o FC Porto mas, com um segundo tempo brilhante, os comandados de André Villas-Boas não só deram a volta ao resultado como também garantiram uma vantagem muito importante na eliminatória. E para isso muito contribuiu Falcao. O ponta-de-lança colombiano começou por 'cavar' a grande penalidade que gerou a igualdade, da sua autoria. Depois foi a vez de Guarin, muito apagado até aqui, surgir no encontro, fazendo o 2-1 num lance de insistência. Estava dada a cambalhota no marcador mas o FC Porto queria mais. Cientes que poderiam garantir uma vantagem mais dilata, os azuis e brancos não abrandaram e rapidamente chegaram por 3-1, da autoria de Falcao, a passe de Hulk. A história de 'El Tigre' no encontro ainda estava a meio, tendo o colombiano, com dois golpes de cabeça fantásticos, levado ao rubro o Estádio do Dragão. Foi o terceiro jogo consecutivo, a contar para a Liga Europa, que os dragões marcaram por cinco ocasiões.

Benfica ganha vantagem mínima
E se o FC Porto caminha a passos largos para a final da prova, na outra meia-final o equilíbrio é o sentimento dominante. Ainda assim, o Benfica garantiu uma vantagem magra para a segunda-mão da eliminatória, depois ter derrotado o Braga por 2-1. As águias desde cedo tomaram as rédeas do desafio, impondo um ritmo forte. Com um estilo ofensivo, os comandados de Jorge Jesus coleccionaram as melhores ocasiões durante o primeiro tempo, onde Cardozo viu um golo ser-lhe bem anulado, para já bem perto do intervalo atirar ao poste da baliza de Artur, quando se encontrava em posição privilegiada para marcar.
Para o segundo tempo, o Benfica trouxe maior eficácia, tendo chegado à vantagem aos 50', pelo defesa Jardel, na recarga a um cabeceamento de Cardozo ao poste. Só que, do outro lado, também o Braga mostrava mais argumentos no último terço do terreno, tendo mesmo chegado à igualdade na sequência de um lance de bola parada, bem definido por Vandinho. Porém, e completando um primeiro quarto-de-hora verdadeiramente diabólico, o conjunto lisboeta voltaria a colocar-se em vantagem no resultado. Depois de duas bolas aos ferros, Cardozo acertou finalmente com as redes contrárias, batendo Artur na conversão irrepreensível de um livre directo. Até final, o equilíbrio imperou. Se por um lado o Braga tentou chegar ao empate (Lima foi quem mais tentou), o Benfica também dispôs de um par de boas ocasiões para ampliar a diferença no marcador, mas não esteve eficaz.
O 2-1 deixa a ronda completamente em aberto, com as águias a deterem uma vantagem mínima, que terá de defender no Estádio AXA. Aos bracarenses, apenas a vitória interessa na segunda-mão, tendo em vista a presença na final de Dublin.

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