Fotografia: goal.com

Ponto prévio: Jurgen Klopp tinha razão. Quando, na apresentação como novo treinador do Liverpool, disse que a situação que não era "tão má como algumas pessoas que estão nesta sala pensam que é", o alemão mostrou que sabia ao que ia. O arranque titubeante do Liverpool na Premier League escondia uma equipa com valor, mas sem alma.

E quem melhor do que o roqueiro Klopp para animar as tropas? Foi, de certo, nisso que os responsáveis dos reds pensaram. Convenceram o alemão a interromper o ano sabático ao qual o técnico, de 48 anos, se tinha imposto - 9,5 milhões de euros por ano ajudam sempre - e, ao contratarem o alemão, conduziram o clube para uma nova era.

"Não me interessa se eles têm a melhor equipa do mundo.
Tudo o que me importa é se o Liverpool é a melhor equipa"
Jurgen Klopp, na véspera de bater o City por 4-1

A equipa, outrora cinzentona, virou um autêntico esquadrão de ataque. O vermelho das camisolas transpôs-se para cada poro do corpo dos craques. Klopp chegou a Anfield Road com o objetivo de "converter os descrentes em crentes". Oito jogos depois, leva quatro vitórias, entre elas os 'milagres' nas visitas ao Chelsea (3-1) e ao Manchester City (4-1), três empates e apenas um desaire, em casa, com o Crystal Palace (2-1). A apenas oito pontos do surpreendente líder Leicester City, o título deixou de ser uma miragem para o Liverpool, que, com Klopp, voltou a ter a alma que guiou o clube nos seus anos de glória.

Com janeiro aí à porta, é certo que o plantel dos reds sofrerá um upgrade significativo. Para um homem que adora longas caminhadas, Klopp, o técnico que fez do Mainz uma das surpresas da Bundesliga e que recolocou o Borussia Dortmund na rota dos grandes da Europa, tem tudo para ser feliz em Anfield. Agradecem os fanáticos adeptos do Liverpool, que nunca o deixarão caminhar sozinho.