Renascimento dos Philadelphia 76ers passa muito por Simmons

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Há pouco mais de uma semana, os Cavaliers, comandados pelo "Rei" LeBron James, conquistaram o seu primeiro título da história, num final de temporada épico, ou não tivessem sido a primeira equipa a recuperar de um registo de 3-1 numa final do campeonato, e logo diante dos Golden State Warriors de Steph Curry, que haviam batido, poucas semanas antes, o recorde de vitórias da fase regular da NBA.

O fim do campeonato abriu a sempre empolgante época de definições dos plantéis para a nova época. LeBron James já confirmou que vai seguir em Cleveland, Derrick Rose trocou Chicago pelos Knicks e anda meio mundo louco por Kevin Durant, que se tornou "free agent" após ter terminado o vínculo que o ligava aos City Thunder, equipa que o recrutou no Draft de 2007 (na altura ainda denominado como Seattle SuperSonics).

Ora, se perceber onde irão estar os grandes nomes do basquetebol em 2016/2017 alimenta a curiosidade dos fãs, não é menos interessante olhar para o Draft, onde todos os anos entram as estrelas do futuro da NBA. Aqui, há uma equipa que vem trabalhando afincadamente, nos últimos anos, para ter uma posição importante, mesmo que de uma forma pouco ortodoxa: os 76ers de Filadélfia.

Esta peculiar forma de contratar atletas levou a equipa do estado da Pensilvânia a tomar medidas drásticas. Percebendo que seria necessária uma autêntica revolução para voltarem a ser competitivos, os responsáveis dos Sixers não se importaram em ser a pior equipa da Conferência Este durante três épocas consecutivas! Porquê? Para garantir a primeira escolha do Draft deste ano, algo que não acontecia desde 1996 e que pode ser absolutamente decisivo para o renascimento da equipa.

Há vinte anos, Allen Iverson chegava a Filadélfia nas mesmas condições, e foi com ele ao comando que os Sixers chegaram pela última vez à final do campeonato, em 2001, perdida para os rivais Lakers. Hoje, as esperanças recaem no australiano Ben Simmons, de 19 anos, que brilhou nos Tigers, da Universidade do Louisiana. Com uma eficácia de lançamento de 49,9% no ano passado, o extremo também se destaca pela boa leitura do jogo e no campo das assistências.

Para aguçar o apetite, as casas de apostas consideram-no favorito na corrida pelo prémio de Rookie do Ano, seguido por Buddy Hield (New Orleans) e Brandon Ingram (LA Lakers), outro dos grandes nomes deste Draft.

Com Simmons chegaram a Filadélfia, ainda, o francês Timothe Luwawu e o croata Furkan Korkmaz, dois jovens que se destacaram no basquetebol europeu ao longo da época anterior. Atualmente, discutem-se possíveis contratações de jogadores mais experientes, casos de Mario Chalmers ou Jeremy Lin, para dar maior dimensão ao projeto de renascimento dos Sixers.

Praticamente certo é que teremos, em Filadélfia, uma equipa bem distinta da dos últimos anos. A NBA é a prova de que, por vezes, é necessário cair no fundo para se encarar o futuro com redobrada esperança. Foi assim em Cleveland, com a chegada de LeBron, em Seattle/Oklahoma, com Kevin Durant, em Minnesota, com Kevin Love, ou, viajando um pouco mais no tempo, em Chicago, com Michael Jordan. Será também assim com Ben Simmons nos Sixers?

Fotografia: Direitos Reservados

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