Renato Sanches fez pela vida no gélido arranque português no Europeu

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A velha calculadora, uma das melhores amigas das campanhas lusas em fases finais de grandes provas, volta a ligar-se. Na cabeça de cada adepto português, somam-se pontos virtuais e adivinham-se cenários, sendo que, para ter sólidas possibilidades de seguir em frente no Europeu de França, é imperioso vencer a Áustria, no sábado.

E tudo por causa do empate na estreia, a um golo, diante de uma Islândia que não surpreendeu nenhum dos seus estudiosos. Solidária a defender e forte nas bolas paradas, a seleção nórdica não desmoronou com o golo de Nani e, sobretudo na segunda metade, impôs o seu plano de jogo, que por pouco não resultou plenamente.

A Portugal faltou o que poucos imaginavam: experiência. Depois de feito o mais difícil com o golo de Nani, e numa seleção que conta com jogadores como Ricardo Carvalho, Pepe, João Moutinho ou Ronaldo, todos com uma catrafada de grandes jogos nas pernas, fica difícil entender a entrada em falso na segunda parte, que resultou no golo do empate islandês.

Fernando Santos mexeu bem na equipa, e devolveu Portugal ao jogo com a entrada de Renato Sanches. O calor do novo astro do Bayern Munique quase derreteu o gelo islandês. Com arrancadas decididas, sempre com a bola colada ao pé, levou a seleção das quinas para a frente, mas não teve o acompanhamento necessário, sobretudo de Ronaldo, muito apagado ao longo da partida, e do já desgastado Nani.

Quaresma deu alguma vivacidade ao ataque português, ao contrário de Eder, um corpo estranho na fase do tudo ou nada luso. Apesar do domínio avassalador na posse de bola e no número de remates, a Islândia soube, aos poucos, levar o jogo para a sua zona de conforto, fazendo de cada livre, canto ou lançamento de linha lateral um lance de real perigo para Rui Patrício, que evitou a derrota lusa perto do fim.

Nada está perdido para Portugal, como é óbvio. Começar a fase final de um Europeu com um empate é um mal menor. Por um lado, deixa tudo em aberto, ainda para mais num grupo tão nivelado por baixo como o F. Contudo, praticamente obriga Ronaldo e companhia a vencer a Áustria, que em caso de derrota diz adeus ao Euro.

Portugal precisa de todas as suas estrelas para manter o sonho bem vivo. Aos habituais Ronaldo, Nani ou João Moutinho surge um novo nome a ter em conta: Renato Sanches, o talento precoce da Musgueira, que teima em ser protagonista por onde passa.

Fotografia: Direitos Reservados

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