Um onze "non star" do Euro 2016

15:28


Caiu o pano sobre a primeira fase do Euro 2016. Depois de 72 empolgantes jogos, que originaram algumas surpresas, torna-se interessante olhar para o outro lado da competição. São os craques anónimos, uns mais do que outros, do torneio, que fizeram por merecer um lugar de destaque na história da competição. Um verdadeiro onze "non star", um misto de valores emergentes com outros que, mais experientes, vão vivendo intensamente cada momento de glória no maior palco da Europa.


Michael McGovern (Irlanda do Norte)

Foi a grande figura da Irlanda do Norte, sobretudo nos jogos frente a Polónia e Alemanha. Aos 31 anos, Michael McGovern, tal como a sua seleção, desfruta do Europeu. É um jogador livre, após o contrato com os escoceses do Hamilton ter expirado. Como curiosidade, o guardião nunca sofreu mais do que um golo nas suas 14 internacionalizações.


Darijo Srna (Croácia)

Capitão da equipa-sensação do Europeu, mantém, aos 34 anos, um ritmo altíssimo. Sempre em alta rotação, o lateral direito faz várias piscinas ao longo de cada jogo, sendo um dos grandes desequilibradores ofensivos da Croácia. Também foi notícia pelo falecimento do pai durante o torneio, ficando na memória de todos as lágrimas que derramou durante o hino nacional croata antes do encontro com a República Checa.


Ashley Williams (País de Gales)

Com carreira feita na Premier League, ao serviço do Swansea, o experiente central destaca-se pelo físico. Um autêntico "armário", o que o torna igualmente perigoso em lances de bola parada ofensivos. É o capitão do País de Gales e a voz de comando da seleção galesa, mesmo que tenha ficado sem palavras após o triunfo diante da Rússia, por 3-0. "Apenas quis ter a certeza que desfrutamos daquele momento", confessou, à Impressa do seu país.

Kamil Glik (Polónia)

Aos 28 anos, é um dos esteios da defensiva polaca, uma seleção que vai dando mais nas vistas pelo que faz no ataque. Forte fisicamente, o defesa central demonstra, igualmente, uma mobilidade interessante. Hoje no Torino, de Itália, Glik passou grande parte da carreira em solo italiano, mas conta no currículo com uma passagem pela equipa C do Real Madrid, entre 2007 e 2008.

Martin Olsson (Suécia)

Lateral esquerdo completo, que alia a eficácia a defender a um interessante arrojo ofensivo. Já leva cinco golos ao serviço da seleção principal sueca, em 37 internacionalizações. A Premier League tem sido a sua casa, primeiro ao serviço do Blackburn Rovers, onde jogou durante seis temporadas, e, posteriormente, do Norwich, onde está desde 2013. O alemão Dirk Nowitski, um dos grandes nomes da história da NBA e do basquetebol mundial, é seu cunhado.

Aron Gunnarson (Islândia)

Chama a atenção pela farta barba, mas é nos lançamentos longos de linha lateral que deixa os adeptos espantados. O capitão islandês é um autêntico guerreiro em campo, nunca fugindo ao choque. Ronaldo não terá querido trocar de camisola consigo, o que o levou o companheiro de equipa, Finnbogason, a comprar-lhe uma, momento que partilhou nas redes sociais. Marcou o primeiro golo da história do Cardiff na Premier League.

Emre Mor (Turquia)

É o "puto maravilha" do Europeu. Com apenas 18 anos, foi dos poucos a salvar-se do desastre turco, atenuado com a vitória diante da República Checa, no último jogo do Grupo D. O seu pé esquerdo faz autênticas maravilhas, ao estilo de Messi, uma comparação quase inevitável, até pela sua estatura. Despontou para o futebol na Dinamarca, país que representou nas seleções jovens. Na próxima época vai representar o Borussia Dortmund.

Vladimir Weiss (Eslováquia)

Aos 27 anos, procura provar toda a qualidade que lhe diagnosticaram na juventude. É um daqueles craques que parece ter tomado sempre a pior decisão em cada etapa da sua carreira. Descendente de uma família de futebolistas, já correu meio mundo atrás da bola. Em 2009 chegou ao Manchester City, onde nunca se impôs. Passou por Bolton, Espanyol, Rangers, Pescara e Olympiakos. Deixou a Europa em 2014, rumo ao Qatar. Fez um bom golo na vitória diante da Russia.


Ivan Perisic (Croácia)

Um autêntico diabo à solta no ataque croata. Numa seleção com nomes como Mandzukic, Rakitic ou Modric, é difícil sobressair, mas Perisic tem-no feito com notável distinção. Alia uma técnica apurada a uma capacidade física assinalável. Foi o melhor marcador da Croácia na fase de apuramento para o Euro 2016, com seis golos. Na fase final, já leva dois.



Balázs Dzsudzák (Hungria)

Quase tramava Portugal. Endiabrado, marcou dois golos felizes, um final perfeito para uma fase de grupos bem conseguida do craque magiar. Aos 29 anos, alinha nos turcos do Bursaspor, mas foi no PSV, entre 2008 e 2011, que viveu os anos mais fulgurantes. Durante a juventude, relatos sobre o seu talento correram a Europa, mas andou sempre por campeonatos secundários, como são os da Holanda, da Rússia ou da Turquia. Fora do campo, é conhecido pela sua faceta solidária.


Milik (Polónia)

Não tem demonstrado ser um matador, destacando-se, sobretudo, pela sua mobilidade e velocidade. Faz com Robert Lewandovski uma dupla de respeito no ataque polaco. Foi dele o golo que valeu o triunfo frente à Irlanda do Norte. Com apenas 22 anos, já é uma das estrelas do Ajax, tendo apontado 21 golos na última edição da liga holandesa. O seu grande sonho é jogar no Arsenal. Se mantiver o ritmo, poderá muito bem tornar-se realidade.


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