Quique Flores já havia dito que não sairia da Luz de forma amigável, situação agravada depois das constantes notícias que davam conta da saída do espanhol do comando técnico do Benfica no final do campeonato, facto que desagradou de sobremaneira ao técnico. A situação prolongou-se até hoje, com o espanhol a ceder em alguns dos pontos ligados à rescisão do contrato, sendo o valor da indemnização (cerca de 3,5 milhões de euros) certamente uma das alíneas mais discutidas.

Após uma temporada menos conseguida, onde o Benfica apenas conquistou a Taça da Liga e não se qualificou para a Liga dos Campeões, a confiança dos dirigentes encarnados no treinador espanhol esfumou-se, apesar da enorme manifestação de carinho dada pelos adeptos do clube, no jogo de despedida do campeonato, onde o Benfica derrotou o Belenenses, por 3-1.

Resolvido o dossiê Quique Flores, os responsáveis do futebol encarnado apontam baterias para Jorge Jesus, actual treinador do Sp. Braga. O técnico é tido como essencial para o projecto benfiquista, mas a elevada cláusula de rescisão (1 milhão de euros) poderá ser um enorme obstáculo à exequibilidade do negócio. Se a isto juntar-mos as recentes declarações de António Salvador, presidente do clube minhoto, que voltou a frisar que conta com Jorge Jesus para a próxima temporada, então podemos antever que as negociações serão tudo menos fáceis.