Barcelona volta à final da Champions

15:43


O Barcelona é o primeiro finalista confirmado da Liga dos Campeões. Os catalães afastaram o Real Madrid com um resultado conjunto de 3-1 e ficam à espera do que Manchester United e Schalke 04 irão fazer na restante meia-final. Num jogo marcado por uma arbitragem polémica, fica para memória futura a postura atacante dos merengues, que não foram em nada inferiores ao Barça.

O final da eliminatória deixa um sabor agridoce a Mourinho e companhia. No Camp Nou, o Real Madrid foi fiel a si próprio e chegou a assustar um Barcelona estranhamente nervoso, sobretudo no segundo tempo. De volta à matriz predilecta (4-2-3-1), os 'blancos' atiraram-se com unhas e dentes a uma causa que muitos consideravam perdida. Ciente que necessitava de uma maior presença junto da área catalã, o técnico português lançou Higuain no eixo do ataque, apoiado nas costas por Kaká, com Ronaldo e Di Maria nas alas. Do lado blaugrana, a grande novidade prendeu-se com o regresso de Iniesta ao meio-campo, dando maior qualidade de passe aos catalães.

E de facto, a primeira parte foi na linha daquilo que têm sido os últimos dérbis entre os dois conjuntos. O Barça desdobrava-se em passes consecutivos, na tentativa de obrigar o Real a cometer erros no seu sector mais recuado, algo raro ao longo do desafio. E isto sem que os visitantes montassem um trincheira junto da sua área. Bem longe disso. Muito pressionantes, os merengues impediam a progressão dos 'culés', deixando a partida bastante nivelada. E se na primeira parte a equipa da capital espanhola deixou boas intenções, na etapa complementar o Real Madrid partiu definitivamente em busca da eliminatória, vivendo nos primeiros 10' o seu melhor momento no encontro. Neste entretanto, Cristiano Ronaldo foi um verdadeiro quebra-cabeças para a defensiva caseira e, não fosse um erro grave do árbitro da partida, os madrilenos poderiam mesmo ter relançado a meia-final. Higuain, servido pelo CR7, bateu Victor Valdés, mas Franck de Bleeckere considerou, de forma errada, faltosa a acção do português sobre Mascherano. Na resposta, o Barcelona adiantou-se no marcador, por Pedro Rodriguez, após grande assistência de André Iniesta. Parecia decidia a eliminatória, mas o Real Madrid nunca baixou os braços e conseguiu mesmo igualar o jogo, por Marcelo, na sequência de um belo lance individual de Angel Di Maria.

Só que, a partir deste momento, os nervos apoderaram-se dos atletas madrilenos, que pareceram sempre mais preocupados em discutir as decisões do árbitro do belga do que propriamente em tentar alcançar com êxito a baliza contrária. Adebayor foi o expoente máximo do desnorte 'blanco', acumulando faltas atrás de faltas, algumas delas verdadeiramente ridículas. Apesar de não conseguir impor o 'tiki-taka' habitual, o Barça conseguiu manter a igualdade até final, festejando o regresso à final da Champions, onde poderá reencontrar o Manchester United, tal como em 2009. A grande figura da festa catalã foi Eric Abidal, ele que regressou à competição depois de ter superado um tumor no fígado.

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1 comentários

  1. E pelo que se viu foi um pouco injusto o resultado final, mas.. são coisas do futebol!

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