NBA quer cortar nos salários

14:25

A crise económica chegou à NBA, a liga de basquetebol mais mediática do mundo. Os milhões que rodeiam a competição não chegam para garantir um futuro sustentável da mesma, pelo que os seus responsáveis apontam a um corte nos salários dos atletas em cerca de um terço dos actuais 1,5 biliões de euros gastos por ano. David Stern, comissário da liga, alerta para as consequências de uma possível não aprovação da proposta, estando já projectadas perdas de cerca de 250 milhões de euros para a época 2010/2011.
Os avisos começaram a ecoar no final da temporada anterior. A recessão económica que tem abalado o mundo 'entrou' na NBA, originando o início de umas negociações que têm como finalidade um corte significativo nos gastos com a prova. As setas dos responsáveis da competição apontam principalmente para os salários dos atletas, que atingem na sua totalidade o valor de 1,5 biliões de euros. As intenções dos donos da liga de basquetebol norte-americana passam por baixar este valor em cerca de um terço, por forma a permitir que a prova gere lucros no futuro. O comissário da competição, David Stern, foi o porta-voz das pretensões dos responsáveis da liga, tendo defendido que as propostas visam uma prova rentável: "Queremos ter retorno no investimento feito. Queremos ser rentáveis. Há uma diferença de 560 a 580 milhões de euros nos ordenados, que pretendemos rectificar. É o nosso objectivo e vamos mantê-lo". Adam Silver, comissário adjunto, completou o cenário negro, perspectivando perdas de 250 milhões de euros para a próxima época, devido sobretudo à difícil situação económica actual.
Apesar das vendas em alta de bilhetes para a época que se avizinha, as intenções dos responsáveis da NBA mantêm-se inalteradas, até porque caso as mesmas não sejam aceites, o cenário de bloqueio no próximo verão pode vir a verificar-se. "Não há qualquer hipótese de mudarmos os nossos pressupostos económicos. Gerar os actuais salários custa muito dinheiro", referiu Adam Silver, com David Stern a completar: "Existe um aumento de compreensão, em ambos os lados da questão, sobre quais os riscos em não fecharmos este acordo. Por isso, estamos muito empenhados em consegui-lo".

Foto: Seattle Times

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